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Cinza&Amarelo – Novo ano pinta-se de força e otimismo

Está eleita a cor de 2021. Um ditame anual anunciado pela Pantone e que, para o próximo ano, se reveste de uma inesperada particularidade: a eleição não apenas de uma, mas de duas cores. O tom de cinzento 17-5104 Ultimate Gray e o amarelo 13-0647 Illuminating são o par agora anunciado. Um feliz casamento, omnipresente nos reinos mineral, vegetal e animal, que encerra uma mensagem de positivismo e esperança para um ano que se pretende promissor e que, sobre os ombros, carrega o peso de nos fazer esquecer – será isso, alguma vez, possível? – o bizarro e macabro ano de 2020, que nos colocou à prova em todas as frentes, tocando em dolorosas cordas afetivas.

A união de dois elementos distintos sugere a necessária aliança de todos e entre todos nós, no urgente apoio que nos catapulte para um lugar e um tempo melhores. Uma parceria que inspira força e otimismo, ao aliar a estável segurança do cinzento, cor de que se pintam pedras, seixos, montanhas e madeiras, e a alegria positiva e vitaminada do cítrico amarelo, que nos chega pela mão do sol, da fruta e das flores. Se o cinzento fornece a prosa, o amarelo rima com poesia. Se o primeiro nos liga à terra e à solidez dos elementos físicos, o segundo eleva-nos para a abstração de sentimentos positivos e amigáveis.

Um duo promissor, duas faces complementares e necessárias em tempos que se adivinham ainda complexos e que tanto requerem resiliência e determinação para desbravar caminho, como alegria e esperança para que o possamos fazer em felicidade e harmonia. Uma cápsula cromática onde cabem o poder quente, vibrante e apaziguador do sol e a segurança das gradações do sossegado e tranquilo cinzento, eternas, fiáveis e que anunciam estabilidade, tal como o chão que pisamos. Elas são a soma da Terra e do Céu, do palpável e do espiritual. Uma aliança, uma união – um abraço se preferirmos, e seguramente que o preferimos – que só por si já sugere entendimento e expressa solidariedade, empatia e amizade. Uma união de forças e caraterísticas distintas que se unem em vista de resultados que serão sempre mais do que a mera soma das partes, tal como os infinitos tons do pelo dos lobos ou das penas das aves. Um par de cores que nos dá o mote para que também nós juntemos forças, energias, capacidades e motivações, aliando opostos e semelhantes num propósito único que é o de encontrar caminhos de sucesso, pontes e novas ideias para a felicidade comum.

Juntar a timidez do cinza à extroversão do amarelo implica compromissos e riscos calculados, na medida em que são forças que se equilibram, o que permite retirar o maior partido de cada uma delas, sem excessos nem demasias. Claro que atribuímos sentimentos e emoções às cores, na proporção exata daquilo que elas nos transmitem, porque o universo cromático é emotivo e emocional, quase mesmo sensorial, por isso as cores são primordiais e incontornáveis na criação de ambientes, diferentes atmosferas, emoções e estados de espírito. Por isso se colam à nossa roupa, às casas e objetos e com elas nos relacionamos de diferentes formas, em diferentes contextos e momentos, do dia e da vida. A própria Natureza, sábia e astuta, vai alterando o seu guarda-roupa, adequando-o às necessidades e aos estados emocionais de cada estação, de cada apeadeiro do ano, em diferentes altitudes, sugerindo mais desta ou mais daquela cor, com maior ou menor intensidade aqui e ali, com diferentes gradações e tonalidades. Porque o mundo é cor, tal como a vida. Tal como nós.

A eleição da cor do ano é feita anualmente pelo Color Institute, entidade dentro da Pantone que é responsável por avaliar tendências à escala global e cujo parecer influencia desde as cores tendência dos desfiles de moda e do design em produção à psicologia de cor a ser empregue por marcas, por exemplo. O veredito final resulta de um longo e apurado processo de avaliação e uma infinidade de fatores. É uma espécie de perceção multidisciplinar que percorre uma infinidade de atividades e vertentes em curso e que, juntas, permitem algo que se aproxima de futurologia cromática. Várias influências e influenciadores concorrem para o resultado final: o apuramento de uma cor que defina as tintas com colorimos cada ano. E elas, as influências, são infinitas. Os destinos mais procurados, os filmes que estão a ser produzidos, as novas filosofias de vida, novas vocações internacionais, acontecimentos globais, o trabalho de artistas consagrados e emergentes, moda, design e ainda contingências sociais, culturais e económicas de grande e pequena escala concorrem de forma expressiva para esta avaliação.

Sobre a decisão deste ano, Leatrice Eiseman, diretora do Pantone Color Institute, esclarece, no site da Paontone, as razões e os porquês das cores eleitas para 2021:

“A união de um Ultimate Gray duradouro com o vibrante amarelo Illuminating expressa uma mensagem de positividade apoiada pela fortaleza. Prática e sólida, mas ao mesmo tempo calorosa e otimista, esta é uma combinação de cores que nos dá resiliência e esperança. Precisamos de nos sentir encorajados e elevados; isso é essencial para o espírito humano.”

Deixamos-lhe ideias, atmosferas, conceitos, inspirações e ambientes que respiram estas duas cores, isoladas ou em combinação, e pistas sobre como empregar a neutralidade do cinza e a energia do amarelo na decoração de interiores.

Duas cores que ininterruptamente dão cor à Light It Be e aos nossos candeeiros exclusivos, habituados aos tons cinza da madeira antiga – exposta aos caprichos dos elementos e ao bronzeado do sol –, aos laivos amarelos da madeira de plátano, que tudo mescla e harmoniza, e à energia iluminada da luz final, sempre dourada e acolhedora. Podemos dizer, na verdade, que em 2021 nos sentimos em casa, como, de resto, nos sentimos em qualquer lugar de boas energias.

Fotografias – Light It Be, Pinterest e Pixabay

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