Temos todos a sensação
Somos seres sensitivos e intuitivos. Absorvemos e processamos tudo aquilo que nos rodeia de forma tão intensa, ainda que inconsciente, que isso se reflete diretamente no nosso estado de espírito, grau de felicidade, sensações de paz e bem-estar e até na nossa saúde física e mental. Os sons, os aromas, as cores, a temperatura, a harmonia ou falta dela, a ordenação espacial ou a sua apresentação caótica, as diferentes temperaturas, tonalidades e intensidade da luz, a qualidade do ar… Tudo, mas tudo mesmo, é registado e flui em sensações que nos fazem querer entrar e ficar, ou que tornam a nossa permanência num sufoco do qual desejamos fugir.
Mais alerta para esse facto, a geração millennial entende e manuseia a decoração de interiores como meio para alcançar estados de espírito promotores de paz interior. Utiliza-a conscientemente como uma ferramenta para atingir um fim… feliz. Uma realidade para a qual alguns de nós apenas despertaram com a pandemia, que nos forçou a prolongadas clausuras no local onde antes passávamos muito pouco tempo: em casa. Quando a casa deixou de ser mero dormitório, ao qual regressávamos no final do dia, percebemos a importância do lar no nosso bem-estar geral. A sua funcionalidade, bem como a estética dos espaços íntimos que frequentamos foram questionadas, repensadas e aprimoradas com a intenção clara de tornar os dias mais prazenteiros, as diversas estâncias mais confortáveis e geradoras de sensações agradáveis, a qualquer hora do dia em qualquer tarefa. Andamos a transformar as nossas casas nos ‘ninhos’ que sempre deveriam ter sido.
Design emocional
O design emocional, aquele que nos proporciona harmonia e paz interior, que flui em cada centímetro e propósito para uma adequada ordenação espacial, para a fabricação da energia mais adequada, para facilitar a nossa vida e ainda suscitar equilíbrio espiritual e até sorrisos, depende de uma multitude de fatores. Camadas sobrepostas de um encadeado de elementos. Criar este tecido visual e afetivo no interior de uma casa, como referem decoradores em redor do planeta, e como relata a história do design de interiores, desde a Roma Antiga ao Wabi-Sabi, exige apenas que se tome a Natureza como inspiração e nos deixemos guiar pela sua sabedoria e estética. Seguir a sua dominante paleta de tons neutros, optar por formas ergonómicas e fluidas, apostar na expressividade das texturas e rugosidades, apostar na qualidade e durabilidade dos materiais e assentar arraiais no primado das matérias-primas nobres. Madeira, pedra, metais e fibras vegetais surgem à cabeça nesta busca por conforto, aconchego e sensação de pertença ao único lugar que está sempre pronto para nos acolher e abraçar: a nossa casa.
Acendam as luzes!
Ser capaz de trazer o exterior para o interior, reforçar essa ponte com o elemento natural no lugar onde passamos agora a maior parte do tempo abre uma janela para o mundo lá fora, e é um dos pedidos mais recorrentes e insistentes dos novos clientes do design de interiores e o novo desejo dos clientes de sempre.
Outro ponto-chave é a iluminação e a sua capacidade de adoçar ou energizar os ambientes. De lhes conferir uma identidade e determinar vocações. Acima de tudo, é o reconhecimento da habilidade que a luz tem para mexer com o nosso humor e de moldar sensações de bem-estar, canalizando todos os sentidos numa direção clara.
Luzes claras, geradoras de poucas sombras em candeeiros de secretária direcionados para as zonas de trabalho e de leitura. Luzes cálidas para receber convidados, luzes douradas e quentes para as áreas de lazer e ainda mais sedutoras nos espaços desenhados para o descanso.
Todavia, no que respeita à iluminação, não é apenas a intensidade ou cor da luz que importa, bem como não se limita à sua disposição pela casa. Os candeeiros, veículos dessa luz, são agora matéria de interesse estético, figuras de proa e enorme destaque, mesmo em plano dia. Eles desejam-se peças decorativas de alto perfil. Insubstituíveis utilitários, deles se espera agora que decorem e não se limitem a emitir luz e a gerir watts de potência. A oficina Light It Be está bem atenta a essa necessidade, de criar uma identidade criativa, exclusiva e original em todos os nossos transportadores de luz, para que mesmo apagados, eles emitam ainda luz e caráter a qualquer ambiente. Por isso os fazemos intemporais, resistentes, decorativos, adaptáveis a qualquer tendência, lhes ensinamos caráter, delicadeza e sensibilidade para se moldarem a um sem fim de atmosferas e os mandamos para a rua com a cartilha bem-sabida: iluminar decorando!
Partem com vantagem, peças de iluminação que consigam articular a necessária funcionalidade a uma estética singular e que ainda sejam barra na gramática ‘natura’, aquela que aqui nos traz, e que consigam articular a vida vegetal com a nossa urbanidade.
Temos saudades do mundo lá fora
De momento, todas as orientações convergem num mesmo sentido: o que é natural é belo. Por isso, a Natureza é apontada como a grande inspiração do momento. Seja na cor das paredes ou nos objetos decorativos, nas texturas e nos contornos, procuram-se formas e contextos que repliquem as sinergias da natureza, das matas e das florestas, dos rios e dos oceanos. Força, honestidade, resistência, durabilidade, adaptabilidade e uma beleza que resulta da combinação de uma multitude de pequenos e grandes detalhes. Recriar essa estética, adaptá-la às necessidades e preferências de cada um e ordená-la de forma a ser bela, simples, inspiradora e acolhedora é a grande tarefa do momento.
Assume-se a rejeição do sintético, do plástico, do artificial ou pomposo, das superfícies frias e de estéticas superficiais, que não aprofundem o necessário conhecimento humano nem refletem os habitantes, os seus hábitos e segredos, as suas paixões e manias.
Estas casas sensoriais, cheias de vida, humores, sensibilidades e capacidade de mutabilidades várias, em função de estações do ano, horas do dia e humores de quem respira são puzzles orgânicos, entidades, também elas, vivas e de saúde, onde apetece entrar e ainda mais permanecer. São extensões vibrantes do elemento humano, excertos da sua pele, com quem partilham mais do que quatro paredes caiadas.
Faça bem a sua parte
Porque uma casa não depende apenas de design de interiores e finalizações profissionais, adicione o seu cunho. Faça com que a sua casa conte a sua história, reflita os seus gostos, relate as suas viagens e seja um constante abraço emotivo, carregado de afetos e memórias. Se à Natureza juntar emoção, vai saber-lhe sempre bem regressar a casa, pois será ela o seu lugar seguro.
Fotografias – Light It Be e Pinterest
0