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A nossa ideia

Matéria-prima: madeira, paixão e algum latão

Seríamos capazes? Estaríamos à altura de tamanha homenagem? Conseguiríamos transformar estes magníficos troncos, com raízes na nossa história pessoal, em algo que conseguisse apaixonar outras pessoas? Acreditando que a beleza natural da madeira, só por si, já é atrativo mais do que suficiente, munimo-nos da melhor ferramenta do mundo: a nossa paixão. Paixão pelas árvores e pela Natureza, paixão pela ideia romântica de eternizar um pedaço de vida e a paixão pela ideia de que poderíamos estar a mudar as nossas próprias vidas.

Aprendemos a tratar e a lixar a madeira. Inventámos num conjunto de procedimentos. Imaginámos o resultado final e só parámos quando entendemos ter chegado ao destino, ao decalque do que já era real nas nossas mentes. Procurámos materiais que rimavam com a cor e nobreza da madeira. Peças maioritariamente de latão, pela doçura mutável do tom e pela resistência do material, que retirámos às suas funcionalidades primeiras e adaptámos à nossa estética. Aprendemos a eletrificar e, no final, entretemo-nos a encerar as peças já finalizadas.

Perfeitamente imperfeitos

Os nossos plátanos continuam vivos, a decidir por nós o que fazer, guiando a nossa criatividade, orientando a nossa mão de artesões amadores (porque amamos, claro!). Uns impõem-se pela sua perfeição e lisura, outros pelos seus defeitos e falhas. Uns explicam-nos que se erguerão na vertical, enquanto outros, mais lânguidos e esculturais, teimam em preguiçar em fascinantes horizontalidades. Há, para quem o consiga e queira escutar, um certo temperamento, uma determinada vontade em todos os seres vivos. Nós, por cá, gostamos de estar à escuta.

Os nossos troncos não são perfeitos, tal como quando se erguiam, imponentes, rumo ao céu, ou são-no na medida exata em que não o são. A perfeição, como a entendemos, é o equilíbrio de inúmeras imperfeições e as nossas não se escondem.

Os nossos troncos têm nós, rachas e ramos e galhos que mantivemos na, talvez, ingénua honestidade de não lhes retirar a alma de árvores. Gostamos de olhar para as nossas peças e de sentir nelas o pulsar da Natureza e das suas determinações e não apenas pedaços de madeira trabalhada e polida, ao ponto de perderem parentesco com a árvore que já foram.

Os nossos troncos têm defeitos e neles são visíveis os cortes e a passagem da serra. Achamos que só lhes dá graça, identidade e caráter.

 

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