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Tons Terra, Tendências e Candeeiros

Do bege ao chocolate negro. Do tom cremoso das areias do deserto ao cinza próprio das praias açorianas. Do rosa-pastel às terras barrentas. Do ocre ao chão laranja de África. Do tom terracota das falésias oxidadas ao vermelho-escuro das terras férteis. Entre todas elas, e entre todas as demais, uma infinidade de gradações e tonalidades, que aportam serenidade e constroem no peito de uma casa notas de aconchego, pedaços de segurança e conforto.

Os tons que a terra tem

Repensar a decoração, a vida e o planeta remetem sempre para três grandes blocos: os esperançosos e energéticos verdes, os marinhos e celestiais azuis, e os sólidos tons terra. Pois hoje é deles, dos tons terra, que falamos. Eles pintam o pó e a lama, a casca das árvores e a camuflagem dos animais, as pedras do caminho e os seixos dos rios. Com eles humildemente se vestem os gravetos secos, com que as aves arquitetam os seus ninhos, e é deles ainda a cor do pelo que enche a casa dos felizardos, aqueles que se rendem ao amor de um animal. Um qualquer. Gostamos de todo. Os tons terra dão ainda cor a qualquer chão que pisemos e é com eles que se adornam as fibras naturais, do algodão ao sisal, da lã à palhinha. Eles são sólidos e fiáveis, calmos e tranquilizantes, mornos e apetecíveis. São ainda uma das grandes tendências do momento. Um momento em que, de facto, repensamos tudo em nosso redor e em que ansiamos por certezas e lugares seguros, promessas de coisas boas e sonhos para correr atrás.

As coisas da cor das coisas

Serenas e elegantes, nas suas variantes mais suaves e claras, poderosas e enérgicas, nas suas expressões mais fortes e carregadas, as cores da terra, de qualquer terra, em qualquer lugar da Terra, são mágicas e seduzem com artifícios e sortilégios minerais, que lhe vão apurando os ‘castanhos’ e tornando-os em algo mais. Os tons terra são por isso a cor das coisas mais omnipresentes e seguras do planeta, o chão e as rochas, a madeira, as penas das aves, a pelagem dos animais, o grão das sementes e das searas.

A pele do mundo

São eles que carregamos na nossa pele, qualquer que seja a sua tonalidade, e no cabelo e é com eles que construímos cédulas de identidade estética na decoração. O melhor de tudo? Podemos misturá-los livremente sem comprometer a harmonia e o equilíbrio, sem incorrer em excessos, nem em ambientes saturantes ou que facilmente nos cansam com o passar dos anos. Os tons terrosos são clássicos e eternos, na sua beleza e charme. Convidam à contemplação, ao descanso e ao relaxamento, ao mesmo tempo que amornam contornos e adocicam estéticas. Deixam qualquer outra cor sobressair, sem ciúmes ou rivalidades. Reconhece-se-lhes essa humildade (ou superioridade?), e esse é apenas mais um ponto a seu favor.

A base de tudo

São uma pele sedosa e intemporal, uma tela neutra, sobre a qual, se assim se desejar, se podem sobrepor outras cores, ou apenas uma, destoante, à laia de nota solta e dissonante, que se encaixe na harmonia geral. São ainda um pó de arroz, um doce selante, que se sobrepõe à restante maquilhagem, tudo unindo e uniformizando. Naturais. Puros. Sem artifícios. Por isso se moldam como nenhuns outros à decoração de uma casa, se aconchegam na ‘roupa’ de objetos decorativos e nos têxteis.

Um abraço ao planeta, um beijo à Natureza

Numa época em que tanto fomos forçados a questionarmo-nos, aos nossos jeitos e modos de ser e de fazer, não admira que se voltem os olhos – com olhos de ver e compreender e não apenas de observar – para o que é natural, simples, honesto e desempoeirado. Para tudo aquilo que se basta a si próprio, mesmo no necessário e constante diálogo com tudo o resto. Numa época de incertezas e de coração nas mãos, voltamos a aquecermo-nos e a tranquilizarmo-nos com as coisas imutáveis, resilientes e constantes, ainda que na sua incessante mudança: a Natureza e as suas cores e sabores, sem inseticidas, pesticidas ou corantes artificiais.

Mais do que uma tendência, os tons terra são uma permanência. Tal como os candeeiros Light It Be, nascidos da madeira, adornados com fibras naturais e afetos manuais. São a nossa apaixonada homenagem a tudo o que aqui ficou dito e tudo o que ainda temos para dizer.

Fotografias – Light It Be e Pinterest

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