O nosso sonho não é ser capa de revista nem influencer internacional. Não nos atrevemos nas alturas dos saltos altos nem nos colocamos em bicos dos pés, quebrando essa regra apenas quando queremos alcançar coisas no alto de prateleiras, que nos obrigam a esticarmo-nos. Fora isso, optamos, sem exceção, pelo conforto descomprometido das sapatilhas. Sonhamos com algo bem diferente do estrelato. Movem-nos emoções outras e que passam por conseguir partilhar a nossa Luz com todos aqueles que se deleitam com a Natureza e se inspiram na naturalidade e despretensiosismo do que é simples, fiável, franco, do que nasce de mãos resilientes, do que respeita o planeta, do que recupera e reutiliza, do que ‘reolha’ e inventa, manufaturando a criatividade numa lógica circular de desperdício zero. Não entramos nem saímos de modas, porque aquilo que nos corre nas veias é intemporal, sempre lá esteve e sempre lá estará: criar artesanalmente e sem consumir recursos desnecessários, dando nova vida a alguns desperdícios e reinventando novos lugares para objetos habituados a viver noutros ambientes, noutros ofícios. Circulamos nesta economia redonda, contribuindo com alguma Luz, nascida de troncos de plátanos que nós próprios plantámos e vimos crescer. Os mesmos que agora nos atrevemos a transformar.
Porém – há sempre um Mas e o nosso aqui fica –, quando o nosso trabalho é apreciado e reconhecido e acaba exposto nas páginas de uma revista de decoração, a verdade é que no nosso peito bate o orgulho e um pouco de vaidade. O primeiro pode ficar, mas esta última logo, logo desaparecerá, quando, enfiados na oficina nos depararmos com as exigências do trabalho manual. Permanente será sempre o nosso obrigado a todos os que seguem e incentivam o nosso trabalho e se inspiram com a nossa Luz, aquela que vem dos nossos candeeiros, da nossa filosofia e do nosso conceito. Por isso, Obrigada Caras Decoração.
Ainda uma curiosidade: o candeeiro eleito pelo primeiro editorial que fala na Light It Be, foi Ballerina, o primeiro que produzimos e que foi igualmente o primeiro a ser vendido. Ballerina, a nossa prima-donna, nasceu mesmo para ser prima.
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