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Compras de Natal – Guia de sobrevivência

Planeie em casa para não se perder nas lojas

A magia da época, o encantamento das decorações, a atmosfera acolhedora das lojas, as músicas alusivas, o frio da rua e até o cheiro das castanhas assadas. Tudo parece organizado num magistral complô que tem como única finalidade acionar o nosso impulso consumista, mesmo naqueles que se dizem imunes às maratonas de shopping e alérgicos à Jingle Bells (já agora, o nome original da canção de Natal mais popular do planeta é One Horse Open Sleigh).

O Natal dos precavidos

Há quem não se deixe enredar no carrossel consumista e vá adquirindo os presentes ao longo do ano. Sempre que se cruzam com algo que acreditam ser do agrado de alguém que bem conhecem, não hesitam e compram no momento, não aguardando para os meses normalmente dedicados às compras de Natal, novembro e dezembro. Uma forma de conseguirem, talvez, chegar mais perto do espírito das oferendas e de serem mais bem-sucedidos a surpreender aqueles com quem partilham afetos e dividem a vida com algo significativo, que realmente lhes sussurre coisas importantes ao ouvido e ao coração. Uma opção que pode acabar por sair mais cara, mas cujo valor se diluí nos meses, ou que, pelo contrário, permite ganhar em originalidade e pontaria aos gostos pessoais com manifesta poupança. Claro que há sempre o enorme contra de, por erro de cálculo ou desacerto impulsivo, adquirirem algo de que a pessoa não gosta, ou que a pessoa adquiriu entretanto, ou que simplesmente deixou de fazer sentido, com a agravante de que, com tanta antecedência, não há possibilidade de troca, menos ainda de reembolso.

O Natal dos despreocupados

Do lado oposto, por falta de tempo, de paciência, por menor comprometimento ou apenas por uma gestão de tarefas mais blasé e descontraída, há quem deixe tudo para a véspera, e quando dizemos véspera queremos mesmo situar a ação no dia 24 de dezembro. Por essa altura, pode já não haver tanta oferta, o que é compensado por também não haver tanta gente ocupada com a mesma tarefa, mas pode até dar-se o caso de encontrar exatamente o que procurava, ou apenas ser surpreendido com ofertas originais, as quais, sob a pressão da urgência, podem parecer mais fascinantes na loja do que na hora de as oferecer. Neste caso, pode acabar por despender mais dinheiro do que o planeado – tinha mesmo um plano? – ou desejado, uma vez que se sente coagido a comprar a primeira possibilidade pela falta de tempo para continuar a procurar algo melhor, mais adequado ou apenas mais económico. Também pode acabar por compensar financeiramente, pois por essa altura já deve ter gastado mais do que o desejado a preparar a ceia, a decorar a casa, a pagar as contas do mês e sabe exatamente qual a verba que não pode exceder.

O que é certo é que o Natal inclui muitos Natais e que cada pessoa tem a sua própria forma de organização, em função de temperamentos, budgets e horários. Assim, não há uma regra ou check list perfeita. Há, todavia, algumas formas de simplificar a tarefa e de aligeirar o, por vezes, tormento em que se transformou a busca do presente perfeito ou, pelo menos, ideal.

O Natal dos makers

Recuando a épocas de nulo ou de baixo consumo – alguns de nós ainda temos memórias vagas desses tempos –, há almas gentis e dedicadas, outras admiravelmente artísticas, que, imbuídas do verdadeiro espírito do Natal, num abnegado altruísmo produzem as suas próprias oferendas. Poemas personalizados que encadernam como antigos artesãos, decorações de Natal tricotadas com mestria, desenhos e pinturas, fotografias de autor, receitas com assinatura, brinquedos de madeira manufaturados ou fruto de um novo código inventado por um criativo programador… Já perceberam o conceito. Esse Natal perfeito acontece numa muito reduzida escala e será o mais inspirador e adequado de todos os Natais, por efetivamente dedicar tempo e carinho na realização de um desejo, na produção de um artefacto taylor made, 100% personalizado. Ele entende e aceita que as ofertas são trocas simbólicas entre pessoas que se entendem na afetividade, o que quer dizer que nada exigem da troca espontânea de amor e amizade. Menos ainda esperam presentes caros e extravagantes, quando tudo o que os pode fazer felizes pode nascer das suas próprias mãos habilidosas.

Não se preocupem todos aqueles que não encaixam nesta categoria. Somos demasiado empurrados para fora deste universo o que, não nos desculpando, nos redime de culpas extremadas. Falta-nos a arte e o engenho, o tempo e a paciência. Não se recriminem. Não gostamos de julgamentos, menos ainda quando todos os Natais partem da boa-vontade e nada deve abalá-la, menos ainda críticas sobre a forma como cada um decide vivenciar o seu Natal. Além disso, não sejamos hipócritas: o dinheiro pode comprar coisas bem giras. Até um dos reis magos apostou no ouro. Assim, seja metal preciso, mirra ou incenso, tudo tem cabimento debaixo do pinheiro.

Natal descomplicado

Avançamos para o capítulo a que poderíamos chamar: ‘Natal – Uma Visão Prática’. Já se franzem sobrolhos e torcem narizes por aí. Levantam-se vozes sobre o verdadeiro sentido do Natal e outras filosofias caras à época. Salva-nos o parágrafo anterior e o princípio inabalável de que o Natal é para ser vivido em Paz e Felicidade e que estes conceitos são experimentados de forma distinta por cada um. Para aligeirar um pouco a loucura das semanas que antecedem o Natal e ajudar a manter os gastos dentro da verba disponível, aqui ficam algumas regras de ouro. Sim, ouro, porque no que toca a procedimentos somos uns mãos largas.

– Determine um budget

Preferencialmente, defina-o por pessoa, para que não acabe por gastar tudo no entusiasmo dos primeiros três presentes e fique sem recursos para as dezenas que ainda lhe faltam comprar.

Definido o budget, cinja-se a ele, não importa qual seja a tentação. Para ser bem-sucedido, tem de ser rigoroso. Use de criatividade dentro da verba de que dispõe. Visite lojas onde nunca entrou, observe tudo com olhos de primeira vez e, caso procure um artigo específico, avalie a oferta de diferentes lojas. Uma tarefa bem mais confortável se optar por lojas online.

– Inicie as compras em meados de novembro

Não aguarde pela Black Friday para dar início às compras de Natal. A meio de novembro as coleções de inverno já enchem as montras, a data de compra, na maioria dos casos, já contempla trocas após o Natal e tem mais de um mês pela frente para encontrar exatamente aquilo que deseja ou para ser surpreendido com algo ainda mais indicado, em que nem sequer tinha pensado.

– Aproveite as promoções

A moda e os acessórios já não se apresentam, como até há bem poucos anos, em blocos compactos contemplando todas as propostas para cada estação. As alterações climáticas e as técnicas de marketing têm vindo a alterar a forma como recebemos as propostas do vestuário, com levas de novidades mensais ou mesmo quinzenais. Uma nova estratégia que coaduna de forma mais precisa as peças de roupa ao clima e que permite promoções mais frequentes, em muitos casos no início, meados e final de cada nova parcela da coleção. Esteja atento e vá eliminando itens à sua lista de compras de Natal sempre que possível.

– Opte por lojas com prazos alargados para trocas

Pode estar muito certo da sua escolha, mas também se pode ter enganado redondamente. Roupa e acessórios são perigos a evitar e os adolescentes são voláteis, mudam de ‘trend’ muito facilmente. Pode até ter acertado, mas ter-se enganado no número, na cor, no tamanho… A possibilidade de troca é fundamental, pelo que atente nos prazos para o efeito, a fim de que dê tempo a qualquer tipo de troca ou devolução após o dia 25 de dezembro.

By Jackie Ramirez – Pixabay

– Prefira lojas que contemplem reembolso

A possibilidade não apenas de troca, mas de devolução com total reembolso em dinheiro é a ativação de um seguro. Seja qual for o motivo, é possível reaver o dinheiro de uma peça com a qual não haja identificação e, com ele, voltar às compras de Natal já depois do Natal.

– Não ofereça presentes demasiado pessoais

Podemos achar que conhecemos o estilo de uma pessoa, as suas preferências, os seus gostos, mas tudo isto é terreno propício a armadilhas. Usar gravata não é sinónimo de gostar de todas as gravatas e adorar malas e carteiras não significa que se ame qualquer uma. Objetos de uso diário são ‘consumíveis’ que todos apreciamos, mas que falam por nós. Nem sempre outras pessoas entendem na perfeição essa linguagem. Se tem dúvidas, o mais certo é que não esteja à altura de avançar para prendas que entrem nesta categoria. Pense fora do guarda-roupa.

– Esteja atento aos sinais

Vá tomando notas de gostos e desejos. Perceba qual o relógio de que ele está sempre a falar, ou qual o tablet, e sempre que alguém pare junto a uma montra, perceba para o que está a olhar. Por vezes, ainda que inconscientemente, há dicas que vão sendo dadas e que podem servir de enorme ajuda quando se prepara para avançar para uma lista de 20 ou 30 presentes.

– Os eternos clássicos

No meio de todo este esquizofrénico ritmo, em que tudo parece mudar a cada instante, há ainda rotas seguras. Artigos que se eternizam, mesmo quando se trata de moda e acessórios. Linhas clássicas, design simples e fiável, materiais que nunca saem de moda, como as fibras naturais de infinita nobreza, a madeira, a porcelana, o vidro, pedras e metais preciosos e semiprecisos, o cabedal… A lista permanece generosa. Um vestido sexy para a mãe, umas pérolas para avó, aquele malte velho para o avô, o som mais puro para o pai… Há presentes que não se gastam e que são sempre atuais no coração e nos gostos de quem os recebe, mesmo que se repitam de quando em vez. Azul-escuro, preto, branco e tons natura são cores que não seguem modas, são antes seguidas por elas, pelo que ‘vestem’ bem e com classe qualquer oferta, principalmente têxtil.

– Prefira objetos duradouros

Se vai muito atrás de modas e trends pode oferecer algo que não chegue a durar uma estação. Opte por peças de bons materiais, sem prazo de consumo, de validade ou de beleza. A intemporalidade de uma peça é apreciada e será uma eterna lembrança de si ou de um período das suas vidas. A intemporalidade agarra-se a alguns estilos melhor do que a outros, o que é válido até no guarda-roupa, embora este seja mais permeável ao inclemente teste do tempo, e por isso mais castigado do que quaisquer outras peças. No que toca à eletrónica e às telecomunicações já sabe que têm cada vez menos tempo de ‘validade’, pois tudo é substituído a uma velocidade impiedosa.

– Siga a sua intuição

Os melhores presentes não são objetos definidos e sim aqueles que sabemos de cor – felizes dos que sabem de cor, por vezes andamos tão distraídos que só sabemos de cores – agradarem a quem melhor conhecemos. Pode apenas ser o sorriso guardado numa foto que se recupera e se emoldura, ou finalmente se digitaliza para entrar na moldura digital lá de casa, onde alternará com outros rostos e sorrisos importantes. Um qualquer pedaço do passado que se recupera, ou uma parcela do futuro que se constrói. Lá no fundo, cada um sabe perfeitamente aquilo que fará alguém que se ama feliz. Vá por aí que vai bem.

Natal infalível

Livros, experiências, concertos, viagens, peças exclusivas, originalidade, objetos únicos são apostas eternas. Eles ficam para sempre, permitem ser partilhados, manuseados e recordados todos os dias. A esta categoria pertencem os candeeiros Light It Be, com a vantagem de valorizarem qualquer tipo de Natal e qualquer oferta recebida. Até as experiências se tornam mais memoráveis quando iluminadas da forma correta.

Não se esqueça ainda de que os presentes não são o Natal, nem este se resume à generosidade. Símbolo de Amor, Luz e Paz a quadra deve ser vivida junto daqueles que verdadeiramente ama, sem ostentações que não possa pagar, sem extravagâncias que extravasem o seu temperamento. Cada Natal deve ser vivido na medida exata daquilo que nos faz feliz. Ilumine-o à sua maneira.

Nós por cá… Light It Be

Fotografias – Light It Be

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