Quebra-luzes não devem ser quebra-cabeças
É o design da base que confere carácter, estilo, uma assinatura e uma estética a um candeeiro. Isto é válido para qualquer candeeiro – mais ainda para um candeeiro Light It Be, tão pronunciadamente diferente. Ainda que de qualidade e beleza inabaláveis, tudo isto, porém, pode ser irremediavelmente comprometido pela escolha do abajur, em função dos materiais, do formato ou da cor. Se a base do candeeiro é o corpo, o abajur é o guarda-roupa. Se a primeira é a gramática, o segundo é a pontuação.
Um cúmulo de razões – enumeradas e explicadas já de seguida – que justifica o emprego exclusivo de fibras naturais nos abajures dos nossos candeeiros.
O abajur é um ilusionista
Ainda que secundarizado na apreciação geral de um candeeiro, onde a base é, por maioria de razões, protagonista, muito depende do abajur. Se é a base que determina a vontade de ter determinado candeeiro – em função da sua qualidade, dos materiais que emprega, da previsão de resistência e durabilidade, do design e da estética, ou apenas por pura paixão –, é o abajur que assegura a filtragem da luz, a sua modelação e temperatura de cor. Cabe ao abajur valorizar e elevar a base, adequando-se ao estilo da mesma, harmonizando linhas e tons, enquanto molda a luz e cria atmosferas precisas. Apenas uma lâmpada não basta. Uma lâmpada apenas ilumina, mas o abajur certo cria magia. Ele é o mago da luz, com os seus mil e um truques na manga, ele é o ilusionista que maravilha e encanta a cada passe de mágica, a cada feixe de luz. Na Light It Be, conhecemos bem cada truque, cada possibilidade, cada passe de mágica que um bom abajur consegue levar a palco.
Uma peça com vários rostos
O mesmo é dizer que um abajur pode deitar a perder todas as qualidades de um candeeiro, arruinar por completo a sua beleza, debilitar a perceção de qualidade dos materiais e todo o potencial de um bom candeeiro. A vantagem é que se pode mudar de abajur, alterná-lo a cada estação, em função da luz necessária, ou coordená-lo com cada mood. Um linho translúcido no verão, ou uma fresca palhinha, uma reconfortante juta no outono e, porque não, o boémio veludo para noites de inverno à lareira. Se, além de criar ambientes e modelar a luz, o candeeiro tiver uma função específica, como seja iluminar um recanto de leitura ou uma secretária dedicada ao estudo, então a eleição do abajur passará igualmente por critérios que visam melhorar o tipo e quantidade de luz que deixam passar.
Tamanho
Exceto quando há um propósito explícito, uma chamada de atenção, uma assinatura estética ou outro, o tamanho do abajur deve ajustar-se com harmonia e de forma equilibrada com a dimensão do candeeiro. No topo da base, o abajur não pode parecer um guarda-sol de praia, nem uma mera boina basca. Não há uma regra, nem tabelas consultivas, mas existe harmonia visual e proporcionalidade. A largura e altura da base do candeeiro, bem como o seu estilo e funcionalidade, são aquilo que determina, em cada saco, a dimensão adequada do abajur, seja em diâmetro ou altura. O último fator de aprovação é o derradeiro gosto pessoal, que é sempre suberano.
Materiais
Claro que tudo depende do gosto individual, mas há critérios incontornáveis. O primeiro a ser tido em conta são os materiais de que o abajur é feito. As fibras naturais são as mais elegantes e apetecíveis e as únicas contempladas pela Light It Be, mesmo quando têm um pendor mais country, como a juta, a ráfia ou a serapilheira. Porque as fibras vegetais são as que estabelecem um diálogo de maior conforto e aquelas que permitem maior adaptabilidade à decoração, além de estarem morfológica, natural e intimamente ligadas à linguagem dos candeeiros Light It Be, candeeiros, também eles, oriundos da Natureza, orgânicos, minimamente adulterados e manualmente trabalhados. Candeeiros que são filhos das árvores entendem-se bem com fibras que são filhas das plantas.
Há novos materiais e fibras sintéticas, ou mesmo o papel, que permitem resultados agradáveis e satisfatórios, mas quem é sensível ao tato, ao cheiro e às texturas compreende o efeito imbatível e a incomparável sensação de elegância e conforto que apenas os têxteis mais nobres fornecem. O derradeiro upgrade, no que ao universo dos candeeiros diz respeito, efetua-se pela mão de um abajur de fibras naturais, orgânicas, delicadamente tecidas, ou rudemente honestas e próximas da fonte vegetal que lhes deu origem. Algodão, linho, juta, serapilheira, palhinha, seda e veludo são tecidos particularmente vocacionados para a decoração. Fibras capazes de tornar uma simples armação de ferro num elegante adereço, num charmoso ‘chapéu’ com que enfeitar o seu candeeiro Light It Be.
Cores
Esta será a característica em que primeiro se repara. A cor é o fator que primeiro salta à vista. Não obstante o apreço pela cor, textura e material de que é feito, o abajur deve sempre ser avaliado com a luz do candeeiro acesa. Só assim perceberá como ele serve a luz e é precisamente essa a função de um abajur: servir a luz, ou antes bem servir a luz. Perceba se a filtra delicadamente, que tipo de sombras projeta consoante a intensidade da luz de que necessitará para aquele local específico da casa, e em função da utilidade que lhe quer dar. Tons claros adoçam os ambientes e permitem tirar maior partido da intensidade da lâmpada usada. Tons pastel e crus são os melhores quebra-luzes, porque emprestam sensualidade e sofisticam a atmosfera. São exímios a criar ambientes confortáveis e acolhedores. Tons quentes – laranja, tijolo, vermelhos – são sexy e propícios ao romance. Tornam mais feérico e boémio qualquer ambiente, porque ‘adormecem’ a luz, arredondando-a, dando-lhe mais lassidão.
O preto e o cinzento são elegantes e charmosos. Conferem sofisticação e contemporanidade e encaixam bem com outros tons numa decoração, pois funcionam como elementos neutros e adaptáveis, tal como o branco e o bege. Contrariamente à conclusão óbvia, não dificultam a passagem de luz, apenas a tornam mais cálida e requintada. São cores que valorizam os candeeiros de madeira Light It Be, por servirem, na opacidade dos seus tons, de perfeito contraste com os nós e veios da madeira.
Texturas
Tramas finas e compactas resultam em tecidos lisos e suaves, menos permeáveis à passagem da luz. Resultam numa iluminação de sombreados mais geométricos e perfil mais reto e delicado.
Tramas abertas e fios irregulares – típicos de algumas tecelagens e próprios de algodão, seda e linho menos aprimorados, ou antes, menos processados e trabalhados manualmente de forma artesanal – produzem tecidos texturados e rugosos, por vezes graciosa ou divertidamente grosseiros. Estes tecidos são, curiosamente, mais opacos de dia, é um facto, mas ganham transparência e permeabilidade logo que se acende o candeeiro. O resultado é uma luz cálida, amornada e mais envolvente, de sombras arredondadas e orgânicas.
Design
Cónicos, cilíndricos, quadrados, ovais e piramidais. Estes cinco formatos cobrem basicamente os mais comuns perfis de abajures. Convém que o formato e dimensões do abajur acompanhem aquilo que a base do candeeiro já diz ou determina. Pode dar continuidade às linhas definidas pelo design da base, pode ampliá-las, alongá-las ou até contrariá-las, para um efeito mais assertivo ou feérico. Em alguns casos, e muito em função da decoração de um espaço, o abajur pode funcionar como um divertido antónimo, rumando contra a maré como uma elegante bizarria estética. Uma opção que pode funcionar bem se o candeeiro for um elemento de destaque, peça central ou determinante no esquema decorativo, seja pelo seu sobredimensionamento, pelos materiais empregues ou fruto de inesperado design. Pode com isso surtir o mesmo efeito de uma peça de arte contemporânea que domina uma sala de linhas solidamente mais intemporais ou mesmo clássicas. Claro que, para tal, importa que o candeeiro seja uma peça de valor estético, que se destaque pela sua beleza e não apenas pela sua estranheza em determinado ambiente. Um passo que pode dar em segurança, pela mão de um dos candeeiros exclusivos Light It Be.
Fotografias – Light It Be
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