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5 Razões para amar as fibras naturais

Repensar a casa – É preciso ter fibra!

Se a pandemia nos ensinou alguma coisa – e tem vindo a ensinar-nos muitas, mais do que as que supúnhamos ou desejávamos aprender com um vírus à escala planetária – foi a valorizar tudo o que antes tomávamos como garantido, e o mesmo é dizer, a olhar com olhos de ver tudo aquilo em que nem reparávamos. Não vamos pela via dos afetos, onde muito teríamos a dizer, mas não ficamos longe deles ao falarmos da casa.

Todos fomos forçados a repensar e reformular o espaço casa e, dentro dele, todos os recantos. Não apenas numa ótica de reaproveitamento das áreas, por onde circulam agora e em permanência toda a família, com os seus múltiplos afazeres, como a valorizá-la, enquanto ‘ninho’ e porto de abrigo. A casa deve aconchegar e abraçar, acalmar e facilitar toda e qualquer tarefa que nela ocorra, incluindo as novas valências que lhe são exigidas: sala de reuniões, posto de trabalho, carteira de escola, aula de ginásio, recreio, sala de cinema, ponto de encontro social, cozinha funcional e em permanente uso, sala de refeições prática e ponto de encontro virtual, entre tantas outras funcionalidades que lhe são agora exigidas ao longo de todo o dia. Até a despensa foi redesenhada e reorganizada, em função da capacidade de armazenamento, de acessibilidade de stock e de disposição, a fim de tornar a vida doméstica mais fácil e eficiente.

Tendência do momento

Esta espécie de tsunami que invadiu as nossas vidas, em todas as suas vertentes, trouxe tantas novidades e demandas que as mesmas determinaram novas tendências na decoração de interiores. O propósito tem várias faces: tornar a casa mais confortável e convidativa, mais cómoda e funcional, mais prática e versátil. Questões que convergem na vontade de alcançar maior aconchego e aprimorar a premente multifuncionalidade dos espaços e a sua articulação na planta geral.

Uma das fortes tendências resultante do novo quadro mental, definido pelo maior tempo de ocupação da casa, resulta óbvia e cola-se a um dos elementos que maior conforto confere aos espaços interiores e exteriores: os têxteis. Presentes em todos os guias de tendências, as fibras naturais assumem um papel primordial. De tal forma que não se colam apenas aos tecidos, mas a tudo aquilo a que as fibras vegetais se consigam adaptar, desde abajures ao próprio mobiliário, onde verga, bambu, palhinha ou corda, entre tantos outros materiais, ganham pertinência.

Vantagens das fibras naturais

1 – Amigas do ambiente

Num planeta que há muito começou a expor as suas feridas, impostas por consumos exacerbados e pouco inteligentes, por conta do mau uso que se faz dos recursos disponíveis, as fibras naturais surgem, desde logo, como as mais eco-friendly, por não implicarem recursos a químicos poluentes, uma verdade que só o é cabalmente se a opção residir em fibras no seu tom natural, sem tingimentos, ou com tingimentos não poluentes e métodos ‘verdes’ de produção e estampagem, onde se faz uma boa gestão do consumo de água, entre outros recursos, mas particularmente deste.

2 – Beleza

Uma das mais óbvias valorizações reside na estética. Linho, algodão, seda, vime, sisal, folhas de palma… Qualquer fibra que nomeemos, tem uma beleza natural que o tempo enriquece, através da forma como a cor vai revelando o uso e o manuseamento e o sol a vai ‘bronzeando’ ou aclarando. Uma verdade ainda mais tónica e aguda se forem trabalhadas manualmente, tecidas artesanalmente e acarinhadas, de verdade, por mãos laboriosas e ciosas do seu ofício.

3 – Conforto

Nada se compara ao toque das fibras naturais, mais ainda se ostentarem as suas cores de origem. Elas são amigas da pele e isso é dizer muito se considerarmos que a pele é o maior órgão do corpo humano, com cerca de, em média, dois metros quadrados e quatro quilos de peso. Almofadas, mantas, colchas, tapetes, cortinas, atoalhados, sofás… Qualquer que seja a superfície com que entremos em contacto, enriquece a experiência sensitiva se tiver origem natural, seja vegetal ou animal, como é o caso da lã e do cabedal.

4 – Resistência

Existem, atualmente, um sem número de fibras sintéticas e inteligentes de produção sustentada e pouco poluente, resultante da reciclagem de inúmeros materiais, o plástico incluído, que resultam resistentes e apetecíveis, e delas não nos podemos esquecer. Ainda assim, é de sublinhar a resistência e durabilidade das fibras naturais, tanto ao uso como às exigentes lavagens. Só elas, as fibras naturais, ganham glamour quando gastas e infinitamente manuseadas. Uma espécie de patine ou memória que tem tanto de afetivo que a elas nos ligamos emocionalmente. Quem não tem a sua cadeira, manta ou almofada prediletas?

5 – Durabilidade

Mesmo gastas e puídas – o que pode demorar uma vida e mais do que isso também não lhes podemos exigir –, os fios naturais, com que tecemos histórias visuais numa casa, mantêm a sua beleza, ainda que, eventualmente, já não a sua frescura. Cadeiras de palha e palhinha, portas de armários de juta, embraces de corda, lençóis de linho, sofás de algodão ou lã, mantas de cachemira… Quantos de tudo isto não passa de geração em geração, sem necessidade de conserto, reparação ou reforma?

Mil e uma maneiras de tirar partido dos têxteis naturais

Voiles e cortinados

Diferentes espessuras e gradações de trama permitem, como ninguém, moldar a luz que entra por portas e janelas, em função da hora do dia e da estação do ano, enquanto ainda vestem de conforto as paredes e ‘arrumam’ visualmente o espaço interior, moldando, inclusivamente o som e o eco numa divisão.

Almofadas, cobertas e mantas

Uma cama não é confortável apenas porque é uma cama e nela podemos repousar o corpo. O conforto vem dos adereços têxteis, das cobertas com que protegemos os lençóis, das mantas que nos aquecem, das almofadas e almofadões, em que descansamos a cabeça ou recostamos as costas, moldando o mero sono, a leitura ou o romance. Nada é mais apetecível do que um dress code blasé num quarto de dormir, ou num recanto da sala, convidando ao ócio e à lassidão. Se sente falta de conforto em casa, reveja onde pode acrescentar têxteis e confira o resultado final.

Estofos e tapetes

Cadeirões, sofás, puffs e tapetes tornam qualquer estância mais aconchegante. Não apenas isso, como são absolutamente funcionais e inteligentes a arquitetar e delimitar espaços, com a vantagem de apetecer, em qualquer lugar, sentar e ficar mais um pouco. Um inestimável bónus é que não somente cumprem uma funcionalidade, servem um propósito claro, como são decorativos em simultâneo. São ainda elemento determinante na paleta de cores que dá o tom à casa.

Paredes

Sim, tecidos ou outras fibras naturais, a forrar paredes, portas de armários ou emolduradas e usadas como peças decorativas são uma aposta forte na senda do conforto e de uma estética cosy e familiar. Padrões exóticos, tecelagens artesanais, cores inesperadas ou em harmonia, utilizações mais artísticas ou mais básicas podem ainda ser um statement estético de valor considerável. Neste ponto, pode ser criativo e arrojado.

Abajures

Somos particularmente sensíveis nesta área, na das fibras que ajudam a moldar a luz, a escrever com ela e a determinar por essa via todo o ambiente de uma casa, logo que o sol de põe. As fibras naturais, como nenhum outro material, são como a batuta de um maestro numa imensa orquestra, encaminhando sentimentos, determinando tons e afinamentos, organizando batidas e entradas em cena. É pela mão da luz, mais ainda filtrada por linhos, jutas, sisais, palhinhas ou outras aventuras vegetais, que se constroem atmosferas, se criam sentimentos de apego aos lugares e de afeto a pessoas e objetos.

Por tudo isto e mais um par de botas – também elas resultado do manuseamento de telas naturais e mais sabedoras –, que somos pelas fibras e materiais naturais e por tudo e todos os que as têm, estimam e valorizam. Razões substantivas e de sobra que justificam a opção consciente de optarmos exclusivamente por fibras naturais, maioritariamente nos seus tons crus, ou seja, sem tingimentos ou fingimentos de cor outra que não a sua de origem, para os abajures dos candeeiros de madeira Light It Be.

Fotografias – Light It Be e Pinterest

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