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Zigzag – 9 motivos para este motivo

Ritmo e energia

Simples, despretensioso, étnico, pop, sofisticado, boémio, clássico, tradicional, divertido, versátil e adaptável. Podíamos eternizar esta listagem de predicados, pois charme e encanto não faltam ao zigzag, o padrão que volta a entrar na decoração pela porta da frente, e pela de trás, e pelas janelas e paredes…

1 – Delicado grafismo

Mais interessante e expressivo do que as meras riscas, mais discreto e adaptável do que padrões fortemente geométricos e menos absorvente do que motivos florais, o zigzag – ou mais portuguesmente falando, o ziguezague – volta, agora, à ribalta. Elegante e divertido, pode ser usado de forma potencialmente discreta ou como um statement decorativo, definindo o ritmo e a energia de uma divisão, ou mesmo marcando o compasso de toda a casa, à laia de leitmotiv. É um grafismo que não chama demasiado a atenção, nem se traduz em demasiada informação para o olhar, mas que estabelece uma toada visual. Uma batida ritmada que prescinde de grandes esquemas interpretativos, dada a sua simplicidade gráfica. De entre todas as possibilidades, geométricas ou não, o zigzag é uma sofisticada e delicada introdução de padrões numa decoração.

2 – Versátil e adaptável, do étnico ao pop

Facilmente adaptável, o zigzag ajeita-se bem a outras geometrias ou mesmo outros padrões complementares, sem com eles chocar, o que é particularmente visível nas suas expressões mais simples e bicromáticas. Funde-se de igual forma e de modo inteligente em distintas opções estéticas. Rima com grafismos vintage que recuperam a estética dos anos 70 do século passado, ou mesmo das duas décadas precedentes, como tem uma inegável raiz étnica. Percorre, portanto, um amplo espectro, que tanto pode reproduzir os encantos tribalistas de uma decoração puramente natura, como percorrer as movimentadas ruas de uma pop mais urbana. A bem da verdade, o zigzag é uma adorável Maria vai com todas.

3 – Eletrizante

Atrevido e excitante, o zigzag incorpora a energia eletrizante do relâmpago e tem-se mantido uma constante no decurso da história do design, em qualquer época e manietado por qualquer inclinação ou linguagem estética. Tanto na moda, como na decoração ou mesmo na arquitetura, o zigzag é um padrão sólido, fiável e apetecível. Incorpora tanto de rigor, como de rebeldia e pode fazer toda a diferença numa decoração.

4 – Eterno e constante

É um padrão clássico e tradicional. Percorre as savanas africanas, colado a pinturas ritualistas ou prezo a capulanas e batiques, recupera a rica herança asteca, está presente nos valorizados kilims ou nos tapetes berberes, do norte de áfrica, replica-se sem cansaço nas criações da marca italiana Missoni, ou no folclore da lapónia. Na verdade, o zigzag é omnipresente em todas as culturas à volta do globo, todas as tribos e todas as etnias. Simples, delicado, versátil e dinâmico.

5 – Elegante, mas boémio

Tem tanto de rústico como de boho e isso diz muito sobre a natureza amigável do zigzag na decoração. Confere elegância e alguma diversão em ambientes clássicos – começando, desde logo, pelo parquet, aplicado com mestria em padrões ziguezagueantes – e permite combinações texturadas quando incorporado em atmosferas contemporâneas, com elegantes esquemas de cores, mas também em estilos natura, onde se valorizam fibras naturais e madeira.

6 – Entertainer

Muitos designers de interiores servem-se dele como nota lúdica, como apontamento de diversão. Uma forma de quebrar a rigidez monocromática, mesmo não saindo dos mesmos tons, com a vantagem de jogar bem com outros grafismos, principalmente os de menor escala. Pode ainda ser incluído no dinamismo de uma composição com outras geometrias, jogando com pintas, riscas, quadrados, losangos ou triângulos. É um dos padrões mais utilizados na chamada soft furnishing, e o mesmo é dizer nos têxteis de uma casa. Cobertas de cama, jogos de cama, tapetes, almofadas e cortinados vestem-se avidamente com o padrão zigzag, dando outra escala a divisões menores (quando o padrão é amplo) e aconchegando áreas maiores (quando o padrão é miúdo). Tem um efeito particularmente assertivo quando literalmente se cola ao papel de parede.

7 – Manufatura e artesanato

 A geometria zigzag está intimamente ligada a têxteis manufaturados, a práticas artesanais, a estéticas ancestrais e isso confere-lhe uma profundidade cheia de significado, que se traduz em durabilidade, peças resistentes e duradouras, feitas à mão, com dedicação e carinho. Toda essa informação subliminar, que carrega o padrão zigzag, é apelativa, reconfortante e aconchegante, num universo caótico em que vivemos, onde tudo é perene e descartável. Precisamos dessa segurança, desse caminho seguro e ele pode chegar-nos pela mão de um padrão simples e despretensioso.

8 – Arrojado e assertivo

Para um efeito mais dramático, usa-se o zigzag não em peças acessórias, mas como base estruturante e determinante de todo um esquema decorativo. Ele alia-se a uma multiplicidade de cores, a infinitas combinações e degradés e ganha papel de destaque, de obra de arte, na galeria doméstica. Utilizá-lo em papel de parede, no print de um tapete de generosas dimensões ou de cortinas que medeiam a luz em amplas janelas de vão total, são formas magistrais e arrojadas de dar outro significado ao zigzag.

9 – Do minimalismo ao maximalismo

O zigzag consegue entrar de mansinho do minimalismo e brincar à solta no maximalismo. Não tem sequer de pensar muito sobre se um padrão zigzag se coordenará bem com a decoração pré-existente, ou com futuras alterações que esteja a prever. Isto porque a resposta será sempre: Sim, o zigzag vai adaptar-se e ainda conseguir ser aquele elemento-chave a destacar a harmonia, mesmo a que julgava imprevisível.

Fotografias – Light It Be e Pinterest

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