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Candeeiros rústicos – Uma paixão

Candeeiros rústicos. Imaginamo-los imediata e mais facilmente na quente e acolhedora atmosfera de uma cabana na montanha, com uma chávena de chocolate quente à luz de lareiras crepitantes, ou na bucólica paisagem campestre, com as quais partilham a mesma métrica. Mas não nos fiquemos pelo óbvio, que o estilo rústico é bem mais abrangente do que isso. A adaptabilidade da madeira, matéria primeira deste estilo, é suficientemente versátil e apetecível noutros contextos. Numa ‘palhota’ junto à praia e com o pé na areia, num muito urbano loft de pulsação industrial ou num retiro exclusivo envolto em cenários tropicais. Na verdade, candeeiros rústicos enquadram-se em qualquer estilo, em todas as paixões estéticas.

Um estilo de formas naturais

O emprego da madeira, na total, ou quase total aproximação à sua forma e textura naturais, o uso de cabedal e pele, ferro, barro, tijolo e pedra, todos eles expostos a nu, mantidos e sublinhados na naturalidade da sua matéria e das suas irregularidades, são traços que se reconhecem no estilo rústico. Um género estilístico que pode ter começado na necessidade de fazer muito do pouco de que se dispunha e na pouca habilidade – ou no propositado desejo de manter a proximidade com a natureza dos materiais manuseados – , mas que ganhou estatuto próprio e se manteve fiel ao toque tosco e pouco intrusivo, principalmente na fase de acabamento. Mantem-se próximo do artesanato, da impressão digital da mão quem executa. Uma constância, no estilo rústico, é ainda o seu apreço quase exclusivo por materiais nobres, naturais, fiáveis, resistentes e duradouros. Assim, o estilo rústico é adepto de formas puras e texturas intocadas, tal como os nossos candeeiros de mesa e candeeiros de pé.

Campestre porque livre

O romântico estilo provençal é uma outra faceta do estilo rústico. Ainda que ‘caiado’ de tons pastel e aromatizado por flores campestres – quase cheiramos a lavanda e o jasmim –, ele deixou-se seduzir pelas memórias que o tempo deixa nos materiais, pela patine de vidas passadas, por decapagens e traços de ferrugem, pois todos esses sinais denunciam afagos, utilização e manuseamento e isso confere aos objetos o quente e aconchegante toque humano. Um estilo blasé ou shabby chic. Acima de tudo, um estilo livre e descomprometido, com títulos ou modas, onde tudo tem lugar, o novo e o velho, o esfolado e o puído, surgindo a harmonia dos espaços mais desse traço comum de desgaste – o quase desleixado uso de cada peça –, do que da rima entre os objetos. Um lugar onde há espaço para candeeiros rústicos, simples troncos de madeira, tão próximos de tudo isto.

Rude porque mais próximo da Natureza

Basta um rudimentar dicionário, para ativar como sinónimo de rústico a palavra rude. Um estilo rude porque traduz, sem artifícios ou ilusões, a pureza das matérias, sem as adulterar mais do que o necessário à sua ideal utilização e manuseamento. Rude, porque não se maquilha de outra coisa, nem entende que a melhor versão de qualquer matéria-prima seja a sua desfiguração, a sua artificialização. Rude porque se limita ao grau zero da necessidade estética, ou antes, aos mínimos necessários à funcionalidade. Uma autoestima que não se vê muito por aí.

Tosco porque despretensioso

Mais aliado à forma do que ao conteúdo, ao acabamento do que a qualquer outro traço, o rústico identifica-se com as irregularidades da pedra, com os veios da madeira e não os encara como entraves à beleza. Com engenho, ele introdu-los na estética dos objetos promovendo eventuais ‘defeitos’ ou ‘falhas’ como traços de caráter. A enorme desafetação artesanal e a sua total despretensão não são propositadas. A sua única ambição é ser capaz de produzir objetos funcionais, deixando a cargo dos materiais e até de alguma falta de jeito manual, ainda que propositada, os fatores beleza, estético ou artístico. Dessa graciosa ingenuidade surge a originalidade e unicidade de cada peça. Isso também é próprio do rústico e dos candeeiros de mesa Light It Be, onde contemplamos também candeeiros de pé.

Rural porque puro

Essa pureza, essa falta de artifícios e de ambições conecta este estilo à Natureza, ao estado puro – ou próximo dele – das coisas. Uma quase crueza que encontramos nas paisagens, nos artefactos e nas gentes do campo, nos ambientes rurais, onde tudo se harmoniza singularmente. Onde a vida parece correr mais devagar. Não que o tempo não passe por elas ou por esses espaços, mas porque passa com a graciosidade, ao ritmo natural, no fundo, aquele que lhe é devido. Onde a luz do dia e da noite são sábios relógios e os saberes se encaixam à necessidades e às ferramentas de que se dispõe. Onde o prazer de fazer se aninha mais no coração e nas mãos do que no reconhecimento alheio.

Simples porque despido de vaidades

Chegámos à simplicidade. Ao sorriso fácil de quem acompanha os ciclos da vida, o crescimento das árvores no parque, o virar de uma página num livro onde se tem vivido. Uma espécie de regresso à naturalidade da existência, de todas as existências, aos prazeres mais puros e inspiradores. Longe do frenesim dos likes e dos seguidores nas redes por onde nos enleamos com urgências, carências e vaidades. A felicidade é a mais preciosa tecnologia de ponta do ADN humano e deveria conectar-se, por USB, ou qualquer outra porta ou portal, a todos sem exceção. Essa simplicidade, de um pedaço de barro tornado caneca, ou de um simples tronco de madeira reinventado, num candeeiro rústico, de tão simples, suscita sorrisos involuntários. Porque tudo o que é simples é genuína e ingenuamente bonito, mesmo sem o saber. Por isso, o rústico se veste de tons tabaco mate, próprios das madeiras, da pedra, da terra e das fibras naturais, e se mantém fiel à ausência de brilhos, demasiado vaidosos e histriónicos para o seu gosto despojado.

Tropicalista porque exótico

Voamos agora mais alto e mais longe, para outras paisagens, com outras sonoridades e distintos cheiros. Porque o estilo rústico é também muito tropical. Com ou sem cascas de coco, com ou sem o colorido das penas dos papagaios e das aves do paraíso ou do bico dos tucanos, com ou sem palmeiras ou bambu, o trabalho manual da madeira e outras matérias-primas, que com tudo isto se mistura, está na génese do estilo tropical e do exotismo de terras distantes, mais a ocidente ou mais a leste. Ele vinga no colorido Brasil ou na misteriosa Tailândia e agarra-se aos tons inesperados das suas madeiras com a criatividade própria de cada cultura. Mobiliário talhado à mão, sedas coloridas tecidas em teares manuais, ou esculturas mais ou menos étnicas fazem o elogio das matérias nobres, nascidas na Natureza e reinventadas por mãos amadoras. Amadoras porque amam tanto aquilo que fazem que não se preocupam com dotes artísticos. O mesmo se passa com os nossos candeeiros de mesa, multifacetadamente rústicos e de madeira.

Rústico, um estilo multifacetado e adaptável

Por cúmulo de razões, candeeiros rústicos, nascidos de troncos de madeira são tudo isto e ainda tudo aquilo que deles quiser fazer. Vista-os à sua medida, com o seu estilo e as suas cores. Eles saberão sozinhos o que fazer com o que lhes der. Porque a Natureza é inteligentes, mesmo a natureza das coisas, incluindo a das nossas coisas.

Fotografias – Pinterest

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